Pele

Câncer de pele também pode atingir as pálpebras

Você se preocupa em proteger sua pele dos efeitos nocivos do sol? E a pele das suas pálpebras? Como você costuma protegê-las? Usar óculos de sol com lentes UVA/UVB e passar protetor solar nas pálpebras inferiores são cuidados essenciais para prevenir o tipo de câncer mais prevalente no Brasil: o de pele, que pode inclusive atingir as pálpebras.

Segundo a oftalmologista, Dra. Tatiana Nahas, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Setor de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o diagnóstico dos tumores palpebrais costuma ser mais precoce quando comparado a outros tipos de neoplasias.

“Como o tumor fica aparente na maioria dos casos, um exame oftalmológico é capaz de detectar rapidamente. As lesões costumam ter a aparência de pintas, manchas, bolinhas ou verrugas, que podem se desenvolver tanto nas pálpebras superiores quanto inferiores. Porém, a maioria dos tumores se desenvolve nas pálpebras inferiores”, explica.

Tumores benignos
Um tumor benigno é aquele que cresce mais lentamente e não tem a capacidade de se espalhar para outros órgãos e tecidos, gerando a metástase. “Nas pálpebras, o mais prevalente é o papiloma escamoso, que se parece muito com uma verruga e costuma ter a mesma cor da pele ou um pouco mais escuro. Temos ainda o hemangioma capilar, cistos, molusco contagioso, ceratoacantoma e o xantelasma”, diz Dra. Tatiana.

Tumores malignos
O tumor maligno é aquele de crescimento rápido e que pode resultar em metástases. O tipo mais comum nas pálpebras, que corresponde a 90% dos tumores nesta área, é o carcinoma basocelular. De acordo com a oftalmologista, o primeiro sinal é o aparecimento de um nódulo duro ou de uma bolha de cor rosada ou sem cor, com pequenos casos aparentes na superfície. Essas lesões podem sangrar e formar crostas. A lesão pode ainda levar à perda dos cílios.

Grupo de Risco
O principal fator de risco é a exposição aos raios solares sem proteção, ou seja, sem usar óculos adequados e protetor solar. Entretanto, os tumores nas pálpebras são mais prevalentes em pessoas entre 50 e 80 anos, com pele clara. Alguns estudos apontam que os homens são as principais vítimas dos tumores palpebrais.

Tratamento é cirúrgico
A retirada da lesão é o tratamento de escolha na maior parte dos casos. A cirurgia deve ser feita por um oftalmologista especialista em plástica ocular. “Cada paciente irá demandar um tipo de cirurgia. Há casos em que é possível retirar o tumor sem precisar de uma reconstrução. Mas, em outros, dependendo do tipo e da localização da lesão, é preciso fazer uma plástica reparadora para reconstruir as pálpebras”, explica Dra. Tatiana.

A médica alerta que é particularmente importante que a cirurgia seja feita por um oculoplasta, já que os tumores podem comprometer estruturas delicadas dos olhos, que só um oftalmologista conhece. Assim, o especialista que faz este tipo de cirurgia é um oftalmologista com especialização em plástica ocular, ou também chamado de oculoplasta.

“Felizmente, a maioria dos tumores palpebrais quando diagnosticados precocemente podem ser curados e, muito raramente, geram metástases. O importante é o paciente procurar um oftalmologista assim que perceber qualquer sinal anormal nas pálpebras, além claro de proteger-se do sol, usando óculos e protetor solar nas pálpebras inferiores”, finaliza a médica.  (leda@agenciahealth.com.br)

 

Já limpou suas pálpebras hoje?

Você certamente escova os dentes e toma banho todos os dias, mas é quase certo que nunca tenha ouvido falar que a suas pálpebras também precisam de uma boa higiene.

O fato é que as pálpebras não são apenas uma pele que cobre os olhos e os protege. Pelo contrário, além de pelos (os cílios), as pálpebras são equipadas com diversas glândulas, responsáveis pela produção de gordura e de fluídos que ajudam a nutrir e a manter a córnea saudável.

Mas, você pode se perguntar: por que eu deveria limpar minhas pálpebras? Porque a falta de higiene ou o acúmulo de sujeira nas pálpebras pode levar ao desenvolvimento da blefarite, uma inflamação crônica da área.

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, além da falta de limpeza, a blefarite costuma surgir com mais frequência em pessoas com a pele muito branca, assim como naquelas que são atópicas (alérgicas), que apresentam dermatite seborreica, rosácea, síndrome do olho seco, terçol, triquíase, entrópio, ectrópio, além de conjuntivite e ceratite.

Como limpar suas pálpebras
A higiene regular é a parte mais importante do tratamento da blefarite e a melhor maneira de prevenir o problema. Os objetivos da higienização são aliviar o incômodo, limpar a secreção oleosa e desobstruir as glândulas responsáveis pela lubrificação dos olhos, que possam estar entupidas.

Quem apresenta o problema deve ter uma rotina diária de limpeza que consiste de três etapas: aquecimento, massagem e limpeza.

Limpeza em 3 passos:

  1. Aqueça: O aquecimento com compressa morna serve para liquefazer as secreções endurecidas, evitando que a pele fique machucada. O ideal é manter a compressa sobre as pálpebras por cerca de 5 minutos.
  2. Massageie: O próximo passo é massageá-las com o dedo indicador – levemente, claro – de fora para dentro e paralelamente à borda da pálpebra, onde ficam os cílios. Traga os dedos das sobrancelhas em direção aos cílios superiores. Na pálpebra inferior, massageie trazendo o dedo em direção aos cílios, sempre com os olhos fechados. A ideia é expulsar as secreções gordurosas das glândulas, depois que elas foram aquecidas. Repita a massagem em ambas as pálpebras por 10 vezes.
  3. Limpe: Por fim, limpe a borda das pálpebras gentilmente com uma compressa feita de gaze.

Quem quer se prevenir, pode ter uma rotina mais espaçada, de ao menos três vezes por semana. A limpeza pode ser feita com xampu infantil neutro diluído em água morna ou ainda com produtos específicos para a limpeza das pálpebras

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